Na Nossa Pele: Continuando a Conversa

Em Na nossa pele, Lázaro Ramos mescla memórias pessoais com reflexões sobre arte, identidade negra, emancipação e mobilidade social. Ao dialogar com outras vozes da ancestralidade negra, o autor destaca especialmente a influência de sua mãe, Célia Maria do Sacramento, falecida quando ele tinha 18 anos,  figura central que agora, em sua maturidade, ele se sente preparado para homenagear.
O livro convida o leitor a questionar seu lugar no mundo, rejeitando respostas simplistas para problemas complexos. Lázaro defende que a verdadeira emancipação, individual e coletiva, exige equidade, valorização da vida, respeito às diferenças, proteção ambiental, cuidado com a infância e uma "alegria revolucionária" não superficial, mas transformadora.
Apesar de celebrar conquistas recentes da população negra desde o lançamento de Na minha pele, o autor provoca: será que essa ascensão já atingiu sua plenitude.  A obra mantém o tom íntimo e questionador que marcou sua estreia literária, agora aprofundado por novas camadas de experiência e consciência social.