Ensaio Sobre a Cegueira - Nova Edição

Uma terrível "treva branca" vai cegando gradualmente os habitantes de uma cidade. Com essa fantasia assustadora, Saramago nos instiga a fechar os olhos e enxergar. Recuperar a lucidez e resgatar o afeto tornam-se as responsabilidades tanto do escritor quanto de cada leitor, diante das pressões dos tempos e das perdas enfrentadas.

Um motorista, parado no sinal, de repente se descobre cego. Este é o primeiro caso de uma "treva branca" que rapidamente se alastra de forma descontrolada. Isolados em quarentena, os cegos se veem reduzidos à sua essência humana, embarcando em uma jornada verdadeira às trevas.

"Ensaio sobre a Cegueira" representa a fantasia de um autor que nos faz refletir "sobre a responsabilidade de possuir visão quando outros a perderam". José Saramago nos oferece aqui uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, equiparando-se aos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti. Cada leitor experimentará uma jornada imaginativa única. Neste ponto onde literatura e sabedoria se entrelaçam, José Saramago nos impele a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez e resgatar o afeto são tarefas impostas tanto ao escritor quanto a cada leitor, diante das pressões dos tempos e do que foi perdido: "uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos".

"Sim, 'Ensaio sobre a Cegueira' é um livro para ser lido neste momento de reclusão e confinamento do coronavírus. Não para refletir sobre como uma doença que se espalha sem controle pode mudar nossa vida, mas como talvez nossa vida estivesse completamente equivocada antes que essa doença chegasse." ? Renato Rovai, Revista Fórum.

A caligrafia da capa é de autoria do músico e escritor Chico Buarque.

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